“A empresa que não está preparada para ouvir, também não está preparada para falar”
A grande maioria das pessoas conhece um website corporativo feito por um "sobrinho". "Sobrinho" é a definição utilizada no meio digital para designar um modelo de atitudes no ambiente organizacional pautado pela combinação desastrosa: alta expectativa com baixo investimento.
O termo remete a época em que se tornou comum websites serem desenvolvidos por uma única pessoa, sem a definição de uma estratégia e estruturação de um projeto. O marketing na internet era reduzido a meros cliques em banners inseridos em grandes portais. Como a expectativa de retorno e mensuração em propaganda para web era baixa, o investimento em marketing destinado à web também.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs), esperávamos que não houvesse espaço para o "sobrinho" na web 2.0, uma vez que um mero website passa a atuar como uma plataforma para interação,exigido assim das empresas um maior investimento em recursos e tecnologia de desenvolvimento.
As ferramentas tornam-se um beta perpétuo, em que os softwares são corrigidos, alterados e melhorados constantemente, com a ajuda dos consumidores que participam deste processo, enviando sugestões, reportando erros e propagando os benefícios por meio de fóruns, blogs e mídias sociais. Logo, os requisitos necessários para estar presente na web mudaram: não basta a empresa apenas possuir um website, precisa aprender a falar e a ouvir. Precisa participar, criar interesse, e utilizar múltiplas plataformas para ser ouvida por múltiplos consumidores.
A mentalidade corporativa que sustentava os “sobrinhos” ficariam então "confinadas" a um espaço-tempo onde estar presente na web consistia em apenas possuir um website e estar cega, surda e muda ao ambiente a sua volta.
Porém, assim como o conceito de comunicação na web evoluiu, a mentalidade do "sobrinho" se adaptou às multiplas possibilidades ofertadas pelo NTICs.
São inúmeras as empresas que destinam investimentos em mídia digital na mesma proporção em que acreditam e perpetuam o mito do custo baixo.
Empresas que alocam sobrinhos para gerenciar mídias sociais,por exemplo, não tem obtido bons resultados. Como sua comunicação é difusa e não integrada, acabaram sendo rejeitadas nestes meios: bloqueadas no twitter, rejeitadas no facebook, discutidas via fóruns e blogs e sua desorganização propaganda web afora.
Criam o chamado buzz negativo, resultado de mau planejamento, baixo investimento e excesso de gestores com a mentalidade baseada no modelo do "sobrinho".Querem participar da onda da Web 2.0, mas sem alocar o investimento necessário para obter resultados satisfatórios.
O custo de alocar uma equipe qualificada e multidisciplinar, para criação e manutenção da comunicação digital torna-se proporcional ao objetivo a ser atingido e diversas empresas já acordaram para a necessidade de investimentos precisos e contínuos nessa área. O resultado é que se transformam em referência positiva para consumidores, colaboradores e fornecedores.
saiba mais em:
TI e marketing: estudo mostra o que separa os dois departamentos
http://cio.uol.com.br/gestao/2010/10/05/ti-e-marketing-estudo-mostra-o-que-separa-os-dois-departamentos/
Inovação é chave para a TI sair do lugar-comum
http://cio.uol.com.br/gestao/2009/08/07/inovacao-e-chave-para-a-ti-sair-do-lugar-comum/#rec:mcl
Legal Bianca. Muito bom! Parabéns!
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