terça-feira, 2 de novembro de 2010

Encontraram a Internet: quando a sensação de ir a uma praia paradisíaca se transforma na sensação de ir à rua 25 de Março em véspera de Natal.

by PriLau ;)

Fui apresentada à Internet no final dos anos 90 e, naquela época, aquilo representava para mim apenas uma forma de diversão adolescente por meio das salas de bate papo online. No início dos anos 2000, criei minha conta no grande precursor do MSN Messenger, o ICQ (I seek you) e percebi que poderia me comunicar com pessoas de todo o globo (obrigada botão do Random Search!).

Naquele momento, a Internet representava a expressão máxima da liberdade: era possível conversar o que você quisesse, com quem você quisesse e sem grandes riscos: havia a segurança de estar em casa e até um certo sigilo, já que seus dados ainda não serviam de moeda tão abertamente.

Contradizendo a orientação que quaisquer pais (incluindo os meus) dariam a seus filhos: falei com muitos estranhos! E isso contribuiu significativamente para o meu desenvolvimento e visão de mundo, reforçando o conceito inicial da Internet de troca de conhecimento.

Eu encontrei, você encontrou... ELES encontraram!

Nesta última década, o Brasil assistiu ao boom do uso da Internet e, óbvio, onde há pessoas, há oportunidades de negócio ($)! As empresas invadiram a Internet – algumas surgiram dela outras vieram até ela – e se apropriaram de quase tudo: sites, e-mails, games, Messengers e, mais recentemente, redes sociais e celulares. 

Embora nunca se tenha falado tanto sobre nicho de mercado, foco e público alvo, ainda tenho muitas vezes a sensação de ser vítima dos tiros de canhão que algumas empresas praticam. Os e-mails estão cheios de SPAM, os portais repletos de banners irritantes oferecendo itens que não me interessam (e ainda atrapalham minha navegação), meu messenger está desconectando automaticamente com freqüência na tentativa de que eu baixe uma nova versão, cuja tela de conversação tem uma significativa parcela de publicidade.  Enfim, fica claro que o fantástico mundo das ferramentas gratuitas, não pode ser tão grátis assim.


Ok, hora de separar o joio do trigo. Se por um lado, nós usuários estamos um pouco sufocados com tantos vendedores disputando nossa atenção, nós profissionais de Comunicação estamos imersos em um mar de oportunidades.

Qual seria então a vantagem desta visão nostálgica do “era doce e se acabou”? É a possibilidade de propor algo melhor, o que não significa voltar ao que se tinha, mas observar e adaptar o que se tem hoje para proporcionar uma experiência agradável ao usuário da rede.  

Empresas: usem a cabeça ao usarem a Internet.

Não interprete mal: a intenção deste texto não é condenar o uso da Internet, pelo contrário! Somente com seu uso adequado será possível extrair o máximo do que esta ferramenta incrível tem a oferecer. É a má ou a subutilização dela que deve ser erradicada.

E quem irá liderar esta mudança de comportamento? A própria demanda irá afetar as empresas ou as empresas irão estrategicamente se antecipar à demanda? O comunicólogo deve alertar as organizações ou as organizações devem exigir dos comunicólogos este diferencial competitivo?

Tal qual a lógica do ovo/galinha, não saberemos ao certo quem virá primeiro, mas é essencial que nós, profissionais e estudantes de Comunicação atuemos em prol de uma presença mais inteligente das organizações na Internet. Mais empresas precisam perceber o óbvio: estamos lidando com o excesso de informações e se o seu conteúdo não é interessante e agradável ao usuário, sua marca vai ser deletada da preferência dele. O livre-arbítrio é praticado pelo sinal ‘X’ (sair, fechar, excluir, apagar etc).

Portanto, a condição primordial para que sua ação na Internet gere resultados positivos, é a definição e a aplicação perspicaz de uma boa estratégia... considere sempre “o conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês stratégie... Os senhores estão anotando?" J


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